O consumo de drogas ilícitas é um desafio para os serviços de saúde de países do mundo todo.
A edição deste ano do Relatório Mundial sobre Drogas, publicado há poucos meses pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, revela que, em 2021, mais de 296 milhões de pessoas usaram drogas em todo o planeta.
E p número de pessoas que sofrem de transtornos associados ao uso de drogas foi estimadpo em 39,5 milhões.
Aqui no Brasil as drogas também são um problema – e há muita gente trabalhando, em diversas frentes, para tentar diminuir os muitos impactos que as drogas trazem à sociedade.
Um exemplo é o grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG.
Eles desenvolvem, desde 2015, uma vacina contra a dependência de cocaína e crack, batizada de Calixcoca, que foi vencedora de um prêmio concedido pelo setor farmacêutico na semana passada, garantindo 500 mil euros para a universidade mineira.
A Calixcoca O medicamento induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga em uma molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica – isso, na prática, faz com que a vontade de consumir crack e cocaína diminua.
O projeto já passou por etapas pré-clínicas, que constataram a segurança e eficácia da substância, e também já foi testada com sucesso em animais.
O próximo passo, ainda sem data para começar, é o ensaio clínico, com testes em humanos.