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'Fãs de Taylor Swift pagam por música, fãs de rock não', diz Gene Simmons, ex-baixista do Kiss

artista defende que uma ressuscitação do rock só seria possível se os fãs do gênero seguissem os passos de fãs de divas pop.

'Fãs de Taylor Swift pagam por música, fãs de rock não', diz Gene Simmons, ex-baixista do Kiss
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Muitos defensores da ideia de que o rock está morto têm como argumento as transformações pelas quais o gênero passa desde a década de 1950 e, sobretudo, sua relevância limitada nas paradas de sucesso atualmente.

Convicto da existência de um sepultamento roqueiro, o ex-baixista e vocalista do Kiss Gene Simmons supõe, porém, que o motivo fúnebre está nos fãs do estilo. É o que ele disse ao g1, em entrevista por telefone.

"O rock morreu quando os fãs pararam de pagar pela música", afirmou o artista, que vem ao Brasil no dia 28 de abril para o festival Summer Breeze, no qual fará seu primeiro show pós-KissA banda chegou ao fim em dezembro do ano passado.

O cantor e baixista Gene Simmons — Foto: Divulgação

"Quem são os novos Beatles?", questiona Gene, numa tentativa de provar o fim dos batimentos cardíacos do gênero.

"Não pode haver outro AC/DC, ou Metallica, porque as novas bandas não conseguem ganhar dinheiro suficiente."

Problema que, segundo ele, surge com um desinteresse dos roqueiros em ouvir música de forma paga.

 Com mais de 5 mil produtos licenciados, que vão de camisinhas a caixões, o Kiss havia faturado até 2009 mais dinheiro do que qualquer outra banda de rock, segundo dados da época levantados pela Live Nation Merchandise. (A comparação era com grupos que mesclavam turnê, licenciamento e vendas.)

Dias após a realização desta entrevista, a marca Kiss e um catálogo de músicas do grupo foram vendidos por US$ 300 milhões. O g1 entrou em contato com a equipe de Genne para mais detalhes, mas não teve retorno até o momento desta publicação.

Além de rock, o baixista comentou na entrevista sobre o fim da banda, sua carreira solo e o show no Brasil.

Leia abaixo a entrevista completa.

g1 - Como e por que o Kiss chegou ao fim?

Gene Simmons - Bom, 50 anos é tempo suficiente. É meio século.

Todos nós já vimos boxeadores lutarem por muito tempo. Todos já vimos bandas de rock durarem muito tempo… Queríamos parar enquanto ainda fosse bom. Essa é a razão para termos feito isso. Cinquenta anos são suficientes.

g1 - Foi difícil tomar essa decisão?

Gene Simmons - Não, a decisão veio no momento certo.

Se você é um campeão mundial de boxe, a hora de desistir é quando ainda é campeão. Se ficar no ringue por mais tempo, alguém vai te nocautear.

Nós fizemos a coisa certa, o que também significa que ainda posso me divertir bastante. Fazer uma turnê com a Gene Simmons Band me dá a chance de tocar músicas que nunca eram tocadas pelo Kiss.

Em vez de me preocupar com grandes shows, posso me divertir bastante. Tenho uma produtora de filmes [Simmons/Hamilton Productions], uma rede de restaurantes [Rock & Brews] e muitas outras coisas.

g1 - Como foi a turnê Farewell?

Gene Simmons - Inacreditável. Haverá um documentário, um desenho animado e outras novidades, incluindo um avatar do Kiss. Você pode pesquisar no YouTube: ‘KISS Avatars’. Isso vai explicar um pouco.

FONTE/CRÉDITOS: g1

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