Para imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina na rede pública, não há nenhuma modificação nas orientações e, para esses grupos, ainda são recomendadas duas ou até três doses – dependendo do caso.
A decisão do Ministério da Saúde de adotar dose única para a vacinação de crianças e adolescentes segue recomendação da Organização Mundial da Saúde feita em 2022.
Na ocasião, a entidade afirmou que uma dose da vacina já oferece uma proteção significativa contra o HPV e que estava adotado a orientação de aplicar apenas uma dose com o objetivo principal de auxiliar no aumento da cobertura vacinal, além de viabilizar, especialmente nos países mais pobres, a inclusão de outros públicos prioritários, uma forma de garantir que mais pessoas possa, ser imunizadas contra o vírus.
Lembrando que o papilomavirus humano está associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de outros tipos de cânceres, como de pênis, ânus e orofaringe.
O HPV é altamente contagioso e estima-se que mais de 80% das pessoas serão infectadas em algum momento da vida. Aqui no Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que o HPV atinge 54 em cada 100 mulheres que já iniciaram a vida sexual e quase 42% dos homens.